domingo, 20 de março de 2011

A ÉTICA DA IGREJA

PARÁBOLAS VIVAS

João Falcão Sobrinho

Os princípios de ética bíblica dirigidos à igreja como instituição devem ser postos em prática pela igreja com a mesma fidelidade com que se espera que os crentes pratiquem os princípios da ética cristã pertinentes ao indivíduo. A igreja nunca será diferente do que são os seus membros. Os crentes seguem individualmente os princípios éticos que a igreja pratica como coletividade, não o que ela ensina. Se a igreja não observar a ética cristã nos seus relacionamentos, exercerá uma influência negativa no conceito e no exercício da ética por parte de seus membros. Práticas antiéticas nas quais algumas igrejas têm se descuidado e que devem ser corrigidas e evitadas a bem do testemunho do Evangelho e do exemplo para os crentes, são mencionadas a seguir, com todo amor.

Na administração financeira

Desonestidade no manuseio do dinheiro e dos bens patrimoniais da igreja.

Aquisição de mercadorias e serviços para a igreja sem a devida documentação fiscal.

Contratação de funcionários e operários sem o cumprimento da legislação trabalhista.

Construção ou acréscimos estruturais clandestinos, sem registro na Prefeitura.

Suborno de fiscais e fraudes para evitar multas ou para burlar leis.

Sonegação de informações sobre movimentação financeira nos balanços anuais.

Nas relações inter-eclesiásticas

Convite a membros de outras igrejas para tirarem suas cartas de transferência para a igreja de quem convida (pescaria em aquário).

Acolhimento de membros descontentes de outras igrejas sem qualquer tentativa de ajudá-los a resolver seus problemas com suas igrejas atuais. Além de ser falta de amor cristão, essa prática acaba na importação de problemas, não de soluções.

Aconselhamento sobre procedimentos eclesiásticos a membros de outras igrejas.

Intrigas, malquerença, inimizade de uma igreja para com outra igreja. Onde foram parar o amor cristão, o perdão, a reconciliação, a misericórdia, a unidade no Espírito?

Abertura de frentes missionárias concorrentes nas proximidades de outras igrejas.

Participação do pastor, de líderes ou corais de uma igreja em trabalho de outra igreja sem o conhecimento e o aval do pastor da igreja a ser visitada.

Divulgação, em uma igreja, de críticas ou problemas de outra igreja.

Omissão de ajuda que pode ser prestada a outra igreja em horas de necessidade.

Negação, sem motivo justificável, de concessão de carta de transferência solicitada por outra igreja da mesma fé e ordem.

Emulação, competitividade entre igrejas, cada uma querendo ser melhor do que as outras. Jesus ensina que quem quiser ser o maior, faça-se (sinta-se) o menor. Isso vale para o crente e para a igreja. A humildade é da ética do Evangelho.

Na cooperação da igreja com a denominação

Sonegação de informações e cooperação para o sustento do trabalho cooperativo das igrejas. Isolamento não faz parte da ética cristã.

Desvio para fins locais (aquisição de bens, construção de muros e até de banheiros), das ofertas entregues pelos crentes para fins de cooperação missionária.

Aplicação de qualquer colaboração da denominação solicitada pela igreja em outros fins sem conhecimento e autorização das entidades concedentes.

Interrupção da cooperação por motivos pessoais ou políticos.

Consagração de pastores sem verificação da autenticidade da vocação do candidato e sem preocupação com o seu testemunho de vida cristã.

A falta de ética denuncia falta de maturidade. Sejamos cristãos maduros, participando de igrejas amadurecidas na prática da ética do Evangelho. (continua)

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